13.7.05

Nunca parto inteiramente

Nunca parto inteiramente,
Não me dou à despedida
As águas vão simplesmente
Presas à sua nascente
É do seu modo de vida

Fica sempre qualquer coisa
Qualquer coisa por fazer
Às vezes quase lamento
Mas são coisas que eu invento
Com medo de te perder

Deixei um livro marcado
E um vaso de alecrim
Abri o meu cortinado
Fiz a cama de lavado
Para te lembrares de mim

Nunca parto inteiramente
Vivo de duas vontades:
Uma que vai na corrente,
A outra presa à nascente
Fica para ter saudades


Intérprete: Manel Cruz
Música: Manuel Paulo
Letra: João Monge
O Assobio Da Cobra

2 comments:

Marisa Fernandes said...

Como isso me acontece tantas vezes...
Estar presente em corpo num sitio e, deixar a alma noutro.Querer estar num sitio e ter de estar noutro, bem distinto e nada desejado. É uma das sensações que, por vezes,mais nos consomem...
Bonita letra!
Bj

Anonymous said...

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